terça-feira, 26 de fevereiro de 2008



Solidão



Calejados são meus dedos, calos de dor, de sangue, de

ganancia.
Sozinho em um banco no parque, penso no passado,

tento no tempo encontrar refugio para as dores que sinto.
Sinto dores de trabalho, dores de esforço, dores de alma,

dores de doces momentos.
Minha vida se entrelaça com minha morte, onde já passa

uma rua já passou um rio. Onde passava meu rio hoje já está

seco.
Onde antes ficava meu coração, minha coragem, hoje não

é nada mais que um profundo poço de rancores...
Minha vida se entrelaça com minha morte, sinto

novamente as dores, vejo pessoas que não me percebem,

há, elas não sabem por o que passei para chegar aonde

estou. Boa pergunta, onde estou, o que me tornei?
Sentado em um banco , olhando almas vazias passando,

desvairada minha cabeça, minha mente retorna a anos atrás,

quando eu ainda não sentia a mais forte e profunda de

minhas dores, a solidão...

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